segunda-feira, 8 de junho de 2020

Ponto da situação politica brasileira e mundial com o advento da pandemia pelo coronavirus



Com o impeachment da Dilma e a desarticulação dos BRICS o cenario brasileiro mudou muito. A ideia dos militares na eleição de 2018 era trazer alguém neoliberal como o Alckmin mas .... deu ruim. Entrou o coiso (apelido carinhoso do Bolsonaro). A partir da eleição dele o jogo ficou aberto, confuso e sem lógica pois o bozo não quer nem sabe governar, ele apenas quer fazer guerra ideológica, ele quer terminar com a “esquerda” (ele não sabe o que é esquerda) que foi combatida no golpe de 64. Ele é um saudosista do governo militar mas frustrado pois não “combateu” como ele queria, o gov militar já tinha terminado e ele na AMAN foi treinado numa ideologia completamente insana de que o inimigo é interno (coisa ensinada pelos norte-americanos). Mas ele é insano e CONSEGUIU ser expulso. Ai começa a carreira politica dele acompanhada da estruturação das milícias no Rio. Na verdade ele é um miliciano e crê num governo anarco capitalista (como se isso existisse) onde ele faz parte dos "homens de bem" que fazem justiça a moda "far west" com os delegados autônomos, rangers, e com uma estrutura de governança dos morros onde impera o tráfico e a força.

No governo ele introduziu um paradigma nunca antes usado no mundo, a ideologia pela ideologia. Colocou um ministro da educação contra a educação, etc, etc, e trabalha subornando os militares entregando carguinhos para eles engordarem o holerite, além de trazer alguns como o General Heleno que querem a continuação da luta de 64. Isso trouxe uma quebra da disciplina militar, fazendo com que aqueles que estão no governo se locupletem do bem publico, façam suas intrigas de caserna, enquanto os que "ficaram de fora", que não conseguiram carguinhos, sintam-se preteridos, com ciúmes daqueles que se "arregaram". Ele está levando os “ideias” dos milicianos para a caserna e isto de fato está preocupando alguns generais da ativa porém eles estão amarrados pela autoridade do presidente e vendo os militares sendo separados em 2 grupos: aqueles que ainda tem os valores da pátria e aqueles que estão formando um grupo miliciano dentro do próprio exército. Os EE.UU .nessa estão perdidos pois estão com a faca e o queijo para dominarem o Brasil mas estão perdendo a base de apoio por essa insanidade do bozo. Por exemplo: bozo comprou a tese do trump da cloroquina mas não está fazendo o dever de casa que é administrar a crise. Trump chegou ao ponto de dizer que: -vocês acham que eu não administrei a crise mas olhem o Brazil, aquilo sim é errado -. O sujo falando do imundo! 

Para complicar veio a pandemia e os objetivos estratégicos geopolíticos tiveram que ser repensados, Vide Venezuela onde a luta ideológica esfriou, mesmo com o Brazil dando o maior apoio (com o Ernesto é difícil falar em suporte). Inclua-se ai a guerra comercial com a China que está sendo perdida fragorosamente, a pandemia que desnudou o sistema de saúde capenga deles e a realidade social que adveio como consequência: os negros e latinos estão se ferrando na guerra contra o vírus e a classe media está perdendo todo poder de compra, o pouco que o Trump trouxe com a retomada dos empregos. Isso tudo nos leva a crer que a guerra híbrida está pausada, sem ninguém saber o que fazer.Minha sincera opinião? As guerras híbridas geraram consequências politicas e sociais que os aprendizes de feiticeiro agora não sabem controlar: O Brazil na mão de um estúpido, A Venezuela ganhou ar para se safar da intervenção norte-americana, ganharam a Ucrânia (como se fosse grande coisa) e perderam a Síria e aproximaram Russia e China formando um bloco superpoderoso. Ganharam a insatisfação dos europeus com as consequências de anos e anos de intervenção no oriente médio e com as sansões contra a Russia, derrubando em 30% o comércio exterior europeu. Enfim, sabemos como tudo começou mas ninguém sabe em que ponto da agenda geopolítica estamos e muito menos sabemos como isso irá se desenvolver. 

Estamos na selva sem bússola nem chachorro!