segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Colaboração para o xadrez da vivandeiras, 17/out

http://jornalggn.com.br/noticia/o-xadrez-das-vivandeiras-dos-quarteis

A análise do xadrez tem-se feito muito baseada nas peças grandes: Temer, PGR, STF, etc, mas nesse momento o jogo vai ser desequilibrado e comandado pelos peões como sugere o xadrez desenvolvido. Explicando:

O Brasil é um País continental e uma das maiores economias mundiais. Como disse em outro post, apesar de darmos o nome de golpe brasiguaio, um país como o Brasil tem tantas vertentes que é impossível jogar com poucas peças. O que se dirá do comando central que começou lá em 2012/13 montando o jogo com "protestos de rua" (a copa foi usada como pretexto para colocar os inocentes úteis na rua), mobilização da PF em torno da LJ, Empoderamento do PGR e procuradoria, a mídia dando as cartas, etc. Enfim, todo o xadrez jogado até o momento.

Mas aos poucos a sociedade brasileira vai dando sinais de sua resiliência e o artigo do Cezar Leite é sintomático. Na parte civil, os estudantes estão parando a educação num sinal de vigor que só vimos nas greves do ABC. Hoje se falou em vigília em SBC mostrando que a prisão do Lula não será sem um custo a pagar. Muito em breve os verde/amarelos começarão a fazer sua parte mostrando a insatisfação da classe média com o "esfriamento" da LJ, Cunha/Temer soltos e a camarilha bombando. Basta o PSDB dar o comando e a turma sai nas ruas.

A propósito, o próprio PSDB mostrou uma heterogeneidade tal que sua base "jovem" tem mostrado apoio aos progressistas, fora que o Dória é um espinho que parou na garganta dos caciques do partido. O jogo a partir de 2017 para "destronar" o Temer vai mexer com tantas forças que não descarto, então, a atuação "necessária" dos militares. Em nome da governabilidade, a oposição estourou a fossa asséptica, a merda está toda espalhada e não há onde colocar os rejeitos. Sim, o rejeito está espalhado por toda a nação.

Diria até que, com o aprofundamento da crise em 2017, movimentos separatistas irão ganhar força descomunal e se não for feito um bom trabalho junto a cadeia de comando das forças militares, de fato podemos ter rachaduras dentro da cultura brasileira e do núcleo dura da nação, o poder militar.  Mas no momento são apenas conjecturas que explicam a dimensão continental do jogo jogado.

Quando a crise chegar nos serviços essenciais (transporte, saúde e segurança) as greves em setores estratégicos irão endurecer o jogo, fazendo com que as atitudes e ações saiam do médio prazo e passem para o curto prazo, com um sentido de urgência como nunca vimos neste Brasil.  Acho que as amostras que tivemos durante o segundo governo FHC será apenas um traque diante do rojão que está pronto para estourar.


Enfim, em minha opinião os peões irão caracterizar o jogo já a partir do inicio de 2017 e as conseqüências são inestimáveis, impossíveis de serem previstas.



PS: a história moderna nos ensinou que guerra civil não é necessariamente aquele jogo de mocinhos/bandidos onde eles se matam em nome de ideologias. A guerra civil moderna é muito mais complexa bastando ver o que acontece no Rio na guerra entre trafico, povo, milícias, militares e poder "central" (que hoje já tem muito pouco de central)

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